Achamos este comentário do Curitiba Interativa tão bacana, que resolvemos publicá-lo.
Só pra corrigir erros de publicações, a Guerrilha Magnética tem a Direção de Cristiane Zuan Esteves
O Magnetismo de uma Intervenção Gerou um Festival de CuritibaGerson Paulo de Andrade
29.03.2008
Um verdadeiro Festival de Curitiba aconteceu neste sábado às 10 horas no Largo da Ordem. Conforme programação do Festival de Curitiba, a Cia. Opovoempé, deveria apresentar nesta hora e local a intervenção Guerrilha Magnética.
Como é aniversário da cidade, neste mesmo horário e local foi programado um evento que contou com a presença de membros da Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros, além de banda, staff de aliados e funcionários ligados ao prefeito, que esteve presente para o lançamento de um selo comemorativo. Iniciadas a cerimônia oficial ao som da banda à silenciosa intervenção surge um grupo de manifestantes ligados a CUT que rompem a cena com estandartes, faixas, em mais barulho.
O que poderia ser uma falta de comunicação, um erro na programação do Festival de Curitiba e da Prefeitura resultou num espetáculo de ampla repercussão, como o caso do guarda que de arma em punho censurou Plínio Marcos na voz de um ator. Para a performance houve um ganho extraordinário no aumento da espetacularidade. Dando uma amplitude à intervenção, pois na intenção de intervir no cotidiano investigando a relação do homem com o espaço urbano contou com cenas surreais, além do jogo proposto pela intervenção, numa espécie de uma grande criação coletiva de uma cena construída num tempo real.
As quatro integrantes do grupo carregando um sofá branco causando espanto e estranhamento não se intimidaram, escreviam uma dramaturgia ao vivo inspiradas em casos engraçados e absurdos que alguns espectadores narraram, quando convidados a sentarem-se no sofá, num papo intimista em plena sala de estar, num lugar público da cidade. Mostrando as páginas escritas em variadas distâncias e se aproximando do palanque político a intervenção conquistou a praça e o sofá virou uma tribuna democrática e confortável em meio a protestos de um ou outro funcionário do SAMU mais indignado, proferindo slogans como: o teatro é bom mas nós temos que ganhar mais para melhor servir a população.
Finalizada a intervenção das atuantes, estas saíram à francesa e o sofá e a escrita ficou a cargo dos populares que extasiados davam continuidade à intervenção, que possibilitou a construção de uma dramaturgia feita por homens e mulheres, moradores ou transeuntes da cidade, que enquanto espectadores viram atuantes de uma cena contemporânea escrita e vivenciada no exato momento em que acontece.
Independentemente da inusitada colaboração de personagens importantes da cidade, Guerrilha Magnética é uma idéia simples e inteligente que favorece o contato humano, desvenda incógnitos personagens urbanos com arte.
http://www.curitibainterativa.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=13887
E depois disso, a pergunta que não quer calar:
Onde está o Sofá?
Pista:
NÃO temos nariz vermelho
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